quinta-feira, 26 de março de 2009

EU QUERO


Quero sonhar,
Quero amar,
Quero cantar
E dançar
Quero viver um sonho sem fim, onde todos se amem e vivam em paz
Quero fazer uma mágica, onde a beleza das flores me faça cantar
E o canto dos pássaros me faça dançar
Quero na dança um príncipe encontrar
E no canto a alegria achar
Quero em amigos poder confiar
E nas drogas não ouvir falar
Quero saúde a todos dar
E carinho poder ganhar
Quero família para me alegrar
E Jesus para me guiar.

-> esse foi escrito por mim quando eu tinha 14 anos

EU GRITO

Eu tenho vontade de gritar.
E eu vou gritar.
Certas situações são tão indigestas...
Tenho que ouvir e presenciar tantas situações que reprovo...
Não sou a dona da verdade. Não imponho o que penso como uma verdade real e incontestável, mas sei que determinadas coisas são erradas.
E então eu grito. Simplesmente por uma necessidade orgânica. Cansei de ver uma criancinha de rua babando pelo meu sorvete. Cansei do senhor que carrega um carro lotado de papelão, sob a tempestade. Cansei de ver pessoas corruptas em lugares que deveriam ser ocupados pelas honestas.
Grito porque o mundo é muito mais ou menos.
E eu não gosto disso.
Grito principalmente porque estou cansada dos mais ou menos católicos. Que Deus perdoe minha intolerância, mas não entendo como pessoas conseguem levar adiante uma vida dupla. Não tenho o direito de fazer julgamentos, mas não posso me conformar com isso.
Aliás, grito também pelo conformismo. Por ver pessoas que passam metade de suas vidas se lamentando por não terem conseguido, por terem ficado no “quase”. Indivíduos que não vão à luta e dedicam-se a reclamar do que não foram.
Eu grito, grito e grito.
Grito porque meu grande defeito é querer moldar um mundo só para mim. Onde todos se comportem e façam o que EU quero. E eu sei que nesse ponto estou errada.
Mas me reservo o direito de gritar, porque assim talvez eu consiga tirar esse nó que está preso em minha garganta.