quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Existem lacunas que o dinheiro não preenche


Esses dias assistindo televisão, eu observava uma reportagem, onde um cara, efetivamente muito rico, exibia seus bens com um orgulho tão imbecil que me irritou (coisa "rara" de acontecer hehe). Ele contava sobre a origem e qualidade daquela quantidade de bugiganga nobre.
Os milionários são engraçados. Pense o que uma criança faria se colocássemos em suas mãos uma nota de R$ 100,00 para que gastasse como quisesse. Bom, pelo menos na minha época, iria tudo em bala, chiclete e mais um monte de porcariazinhas. Então, agora, imagine um milionário. Sentiu a semelhança? Evidentemente que os valores e as “bugiganguinhas” são em proporções um tantinho maiores, mas o espírito é o mesmo. Adoram colecionar coisas inúteis. Pagam milhões por “sanitários de ouro cravejados de diamantes”, “pisos de cristal”, ou seja, é muita inutilidade mesmo.
Para mim, isso demonstra que não ter dinheiro é muito triste e difícil, mas ter muita grana é pior ainda, porque parece gerar um vazio imenso, uma sensação de insaciedade crônica e uma total falta de confiança nas pessoas. É impossível distinguir os amigos verdadeiros dos “puxassaco interesseiros ao quadrado”. Vai ver é por isso que as estrelas hollywoodianas, em sua maioria, são tão infelizes.
Tudo bem, tudo bem, eu também acho que se eu fosse dona de uma riqueza incalculável, seria diferente. Ajudaria muita, mas muita gente mesmo. Ainda mais eu, uma amante das causas sociais. Compraria, sim, coisas que me deixariam – momentaneamente – alegre. Não abriria mão de morar em um apartamentinho aconchegante, mas colecionaria quadros dos melhores pintores. Adquiriria esculturas maravilhosas. Ah! E permitiria-me ter um cômodo em minha casa, onde fosse fabricado algodão doce 24 horas por dia. E... Oh aí a síndrome do milionário fútil pegando! Essa do algodão doce é a inutilidade personificada! Pois é... será que eu não ficaria igual a todos os mega ricaços vazios?
Eu gosto é dos desafios da minha vida, de correr atrás dos meus objetivos, de estudar para meus concursos, de me imaginar tomando posse e trabalhando bastante. Gosto de saber quem são meus amigos verdadeiros e também de saber quem EU sou, porque é isso que me impulsiona. É a minha vida de classe média que eu amo e que me permite pensar no que realmente importa – o sorriso sincero, o abraço verdadeiro, os outros seres humanos e acima de tudo o meu Deus amado.
Qual seria a graça da vida se tivéssemos tudo o que queremos com um simples estalar de ded
os?

2 comentários:

  1. olá Tatiana, obrigada pelas palavras no meu blog! Hoje postei um novo texto, se quiser dar uma olhada. E adicionei teu blog na lista dos meus amigos. Vou sempre acompanhar teus textos (muito bons por sinal!)

    Isso é bem verdade, de que teria graça a nossa vida? O engraça´do é que tem gente prepotente que acha bonito ter tanta grana e esbanjar. Vai ver é assim que estes infelizes se sentem felizes por alguns momentos, ostentando uma vida vazia e sozinha, mas que tem glamour! COITADOS!

    Beijos, Evelyn

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  2. adorei o texto! lindo, lindo!
    não tinha parado pra pensar em certas coisas que escrevesse, mas fazem total sentido.
    somos pessoas capazes de sentir a felicidade através das coisas simples do dia-a-dia e isso é bom demais!
    beijão!

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